terça-feira, 21 de junho de 2011

A Commedia dell'arte - Teatro Italiano

A commedia dell'arte foi uma forma de teatro popular improvisado, que começou no séc. XV na Itália e se desenvolveu posteriormente na França e que se manteve popular até o séc. XVIII. A “Commedia dell’arte” vem se opor à “Comédia Erudita”, também sendo chamada de “Commedia All’improviso” e “Commedia a Soggetto”. Esta forma ainda sobrevive através de alguns grupos de teatro.

O Texto

O que mais atrai o olhar contemporâneo nas leituras da commedia dell’arte, é a inconsistência deles no que se refere ao conteúdo.
Sendo a comédia um espetáculo ligado fortem
ente à outros valores como as máscaras, a espetacularidade da recitação, habilidade dos atores, a presença da mulheres na cena, etc..., não tinha necessidade de compor dramaturgias exemplares, novidades de conteúdos ou estilos.

O canovaccio devia obedecer a requisitos de outro tipo, todos funcionais ao espetáculo: clareza, partes equivalentes para todos os atores envolvidos, ser engraçado, possibilidade de inserir lazzi, danças e canções, disponibilidade a ser modificado.

A técnica de improviso que a commedia adotou não prescindiu de fórmulas que facilitassem ao ator o seu trabalho. Diálogos inteiros existiam, muitos deles impressos, para serem usados nos lugares convenientes de cada comédia. Tais eram as prime uscite (primeiras saídas), os concetti (conceitos), saluti (as saudações), e as maledizioni (as maldições).

Na sua fase áurea, o espetáculo da commedia dell’arte tinha ordinariamente três atos, precedidos de um prólogo e ligados entre si por entreatos de dança, canto ou farsa chamados lazzi ou lacci (laços)

.

A intriga amorosa, que explorou sem limites, já não era linear e única, como na comédia humanista, mas múltipla e paralela ou em cadeia: A ama B, B ama C, C ama D, que por sua vez ama A

O Ator

O ator na commedia dell’arte, tinha um papel fundamental cabendo-lhe não só a interpretação do texto mas também a continua improvisação e inovação do mesmo. Malabarismo canto e outros feitos eram exigidos continuamente ao ator.

O uso das mascaras (exclusivamente para os homens) caracterizava os personagens geralmente de origem popular: os zanni, entre os mais famosos vale a pena citar Arlequim, Pantaleão e Briguela.

A enorme fragmentação e a quantidade de dialetos existentes na Itália do século XVI obrigavam o ator a um forte uso da mímica que se tornou um dos mais importantes fatores de atuação no espetáculo.

O ator na commedia dell’arte precisava ter "uma concepção plástica do teatro" exigida em todas as formas de representação e a criação não apenas de pensamentos como de sentimentos através do gesto mímico, da dança, da acrobacia, consoante as necessidades, assim como o conhecimento de uma verdadeira gramática plástica, além desses dotes do espírito que facilitam qualquer improvisação falada e que comandam o espetáculo.
A enorme responsabilidade que tinha o a
tor em desenvolver o seu papel, com o passar do tempo, portou à uma especialização do mesmo, limitando-o a desenvolver uma só personagem e a mantê-la até a morte.

A continua busca de uma linguagem puramente teatral levou o gênero a um distanciamento cada vez maior da realidade.

A commedia foi importante, sobretudo como reação do ator a uma era de acentuado artificialismo literário, para demonstrar que, além do texto dramático, outros fatores são significativos no teatro.

QUEM SÃO PIERRÔ, ARLEQUIM E COLOMBINA

São personagens de um estilo teatral conhecido como Commedia dell’Arte, nascido na Itália do século XVI. Integrantes de uma trama cheia de sátira social, os três papéis representam serviçais envolvidos em um triângulo amoroso: Pierrô ama Colombina, que ama Arlequim, que, por sua vez, também deseja Colombina.

Assim, a história do trio enamorado sempre foi um autêntico entretenimento popular, de origem influenciada pelas brincadeiras de Carnaval. Apresentadas nas ruas e praças das cidades italianas, as histórias encenadas ironizavam a vida e os costumes dos poderosos de então.

Entre tapas e beijos

Intriga amorosa e sátira social eram os pratos principais da antiga comédia italiana

Conhecendo as personagens:

Pierrot ou Pierrô

Seu nome original era Pedrolino, mas foi batizado, na França do século XIX, como Pierrot e assim ganhou o mundo. O pierrot ou pierrô é uma personagem tipo de mimo e da Commedia dell'Arte, uma variação Francesa do Pedrolino Italiano. O seu caráter é aquele de um palhaço triste, apaixonado pela Colombina, que inevitavelmente lhe parte o coração e o deixa pelo Arlequim. É normalmente representado a usar roupas largas e brancas, por vezes metade pretas, cara branca e uma lágrima desenhada abaixo dos olhos.

A característica principal do seu comportamento é a sua ingenuidade, e é visto como um bobo, sendo sempre o alvo de partidas, mas mesmo assim continua a confiar nas pessoas. Pierrot também é representado como sendo lunático, distante e inconsciente da realidade.

Pantaleão

O mais conhecido dos personagens patrões, que representavam a elite da sociedade italiana nas histórias da Commedia dell’Arte, Pantaleão (também chamado de "O Velho") era um "mercador de Veneza" (expressão que deu título a uma peça de Shakespeare). Tirano avarento e galanteador desajeitado, era alvo constante das gozações dos servos e de outros personagens da trama.


Arlequim

Também servo de Pantaleão, Arlequim era um espertalhão preguiçoso e insolente, que tentava convencer a todos da sua ingenuidade e estupidez. Depois de entrar em cena saltitando, deslocava-se pelo palco com passos de dança e um grande repertório de movimentos acrobáticos. Debochado, adorava pregar peças nos outros personagens e depois usava sua agilidade para escapar das confusões criadas. Outra de sua marca-registradas era a roupa de losangos. Maquiagem espeífica (Como na imagem acima) e chapéu que mais tarde passou a ser chamado de chapéu do bobo da corte.

Colombina ou Arlequina

Criada de uma filha do patrão Pantaleão, mas tão bela e refinada quanto sua ama, é caracterizada como uma moça linda e inteligente, de humor rápido e irônico, sempre envolvida em intrigas e fofocas. Usava máscara de Colombina (como mostra abaixo). Nos tempos atuais usa uma maquiagem específica (Como a que temos na imagem acima)

Colombina era também o pivô de um triângulo amoroso que ficaria famoso no mundo todo - de um lado, o apaixonado Pierrô; do outro, o malandro Arlequim. Para despertar o amor desse último, a romântica serviçal cantava e dançava graciosamente nos espetáculos. Muitas vezes simbolizada como bailarina com seu traje em losangos.

Abaixo, um dos figurinos de Colombina ou Arlequina.Há outros personagens na commedia dell’arte. Vale a pena pesquisar em um desses sites que serviram de fonte de pesquisa.

FONTES DE PESQUISA:

http://liriah.teatro.vilabol.uol.com.br

http://mundoestranho.abril.com.br

http://pt.wikipedia.org

sábado, 11 de junho de 2011

CE Thales Ribeiro Gonçalves e EAVA Fênix - Parceria de sucesso

Alunos da rede pública aprendem através do Teatro

Por João Lopes

As três turmas de 3º ano da Unidade Escolar Thales Ribeiro Gonçalves desenvolveram atividades cênicas na tarde de segunda-feira (02 de maio de 2011), no auditório da Facema. As tarefas foram apresentadas a fim de colocar em prática os conteúdos adquiridos na disciplina de Língua Portuguesa, assim com também trabalhar com a oralidade e a expressão corporal dos alunos.

A platéia que presenciou os espetáculos foi formada por alunos da própria instituição, do Cefa e do Grupo Teatral EAVA Fênix.

De acordo com a professora responsável pelas atividades, Erika A. V. de Almeida, as turmas formaram equipes e
foram nomeadas de Corajosos (3o Médio C), Autênticos (3o Médio A) e Brilhantes (3o Médio B). Cada turma seria julgada pelo seu desempenho em conjunto através de três tarefas.

A primeira e a segunda tarefa foram encenações apenas corporais e faciais, tendo como tema "as peripécias dos deuses da Mitologia Grega". Estavam sendo julgadas questões de seleção musical, das expressões, da criatividade e da beleza das coreografias.

Na terceira tarefa os alunos ministraram aulas sobre os autores modernos Mário de Andrade, Manuel Bandeira e Oswald de Andrade. Os itens a serem avaliados foi o conteúdo repassado, a segurança (clareza e objetividade), dicção e tom de voz, criatividade e organização.

As tarefas fazem parte da metodologia de aula da professora Érika Almeida, que também é diretora e atriz do EAVA Fênix. "As artes cênicas são uma forma melhor de crescer a sociedade, quando o aluno desenvolve essa arte e a coloca em prática", ressalta a professora Erika Almeida.

O PROJETO

Por Erika A. V. de Almeida

O "I Projeto de Literatura & Artes Cênicas" será realizado em 04 etapas, ou seja, 04 baterias, uma para cada bimestre. Vou procurar completar o ensinamento que nós damos em sala de aula, por exemplo, nós começamos a lecionar literatura pelo TROVADORISMO, esquecendo a base da literatura ocidental que é a Antiguidade Cássica com Ilíada e Odisséia.

Como falar sobre o Classicismo e o Neo-Classicismo (utilização de personagens mitológicos, retorno à Antiguidade Clássica, se nossos alunos NÃO conhecem os deuses gregos ou sequer esses personagens mitológicos? Por isso, para eles, é difícil retirar essas características das poesias dos estilos citados. Então essa primeira bateria é "o buscar extra sala de aula" para completar os ensinamentos.

Claro que ministrei, através de Data-Show com várias imagens, uma aula sobre Mitologia Grega e também sobre os Deuses Gregos. Eles Adoraram, se empolgaram e aí está.

FALANDO MAIS:

1ª ETAPA: “Antiguidade Clássica – a base da cultura ocidental”

O que temos em termos de Literatura, Cultura, Artes em geral, Ciências etc., teve como base os gregos.

Segundo as lendas, Homero, um poeta cego que andava de cidade em cidade mendigando e recitando seus versos é o criador de Ilíada e Odisséia. Os gregos haviam feito da Ilíada e Odisséia o seu livro de história, de religião e de moral. As crianças aprendiam a ler as proezas de Aquiles e Ulisses. Com Ilíadas elas eram encorajas na Ásia Menor a se lançarem em busca de aventuras, de conquistas para Grécia, com Odisséia aprendiam a retornar. Ilíada e Odisséia são consideradas as obras que deram início à literatura. E falar de Ilíada e Odisséia é falar da MITOLOGIA GREGA.

Antes de lermos sobre Ilíada e Odisséia, devemos conhecer os deuses da mitologia grega. Para os gregos dos tempos homéricos, a religião significava um sistema para:

  1. Explicar o mundo físico de maneira que afastasse os seus mistérios e inquietações, como também desse ao homem um sentimento da íntima ligação com ele.
  2. Explicar as paixões tempestuosas que se apoderavam dos homens.
  3. Obter benefícios concretos como: a boa sorte, a vida longa, etc.

As divindades da religião homérica eram simples seres humanos ampliados. Isso para que os gregos se sentissem bem no mundo que governavam.

O que os gregos desejavam não era necessariamente deuses de grande poder, mas divindades com as quais pudessem tratar em pé de igualdade. Por isso, dotavam seus deuses de atributos semelhantes aos seus, isto é, de corpos humanos e de fraquezas e desejos também humanos. Os deuses misturavam-se livremente com os homens e, mesmo, tendo por vezes filhos de mulheres mortais. A diferença entre deuses e humanos era a imortalidade e o sentimento ampliado dos deuses.