terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cordel Adolescente, Ó xente!

Sou mocinha nordestina,
meu nome é Doralice,
tenho 13 anos de idade,
conto e reconto o que disse,
pois me chamo Doralice,
sou eu quem vende meu cordel
nas feiras lindas de longe
onde a poesia se esconde
nas sombras do meu chapéu!


Eu falo tudo rimado
no adoçado da palavra
no Nordeste feiticeiro;
no meu jeito brasileiro,
aqui vim dizer e digo
que escrevo muito livro
que pinduro num cordel,
todo fato acontecido
eu coloco num papel!


Vim pra feira, noutro dia,
armei a minha poesia
num cordel de horizonte.
Que passava defronte
daquilo que eu vendia,
parava e me escutava,
pois sou mocinha falante,
declamava o que escrevia!



Contei de uma garota
que amava um cangaceiro,
era um tal cabra da peste,
um valentão do Nordeste
que montava a Ventania,
trazia susto e coragem
por cada canto que ia!
Virge Maria!


O nome da tal mocinha?
Não digo...é um segredo,
escrevo o que não devo,
invento, pois tenho medo,
de contar que a tal menina
era...toda fantasia.


Era moça que esconde
a tristeza na alegria
morava no perto-longe
daquilo que nunca digo
seu nome era antigo...
era...talvez...Bertulina...
Quem sabe da tal menina?


Um dia de azul e noite,
pernoite de cavalgada,
na sombra, muito assustada,
Bertulina viu o moço que, ao longe, galopava!
Ó Xente!
O luar se balançava
num cordel adolescente!


O vento corria tanto
Espanto:
não alcançava a ligeireza perfeita
que o galope desenhava!

Era um cabra cangaceiro,
curtido e sertanejo,
tinha olhos de lonjuras,
verduras de olhar miragens,
chapéu de couro,
facão de abrir caminhos, viagens!


Tinha estrelas faiscantes,
nos dentes do seu sorriso...
Ai...me calo...quase falo!...
Ó xente...perco o siso!

Nos cascos do seu cavalo
tinha trovão e faíca,
fósforo que queima e risca
o escuro que ilumina
a paixão em Bertulina.


O moço chegou, chegado,
sorriu sua belezura,
saltou fora do cavalo
(vontade ninguém segura),
roubou um beijo da boca
de Bertulina, a donzela.
Depois de assaltar o beijo,
perguntou o nome dela.


- Eu me chamo Bertulina, moço,
estou muito assustada,
sou tão moça, inda menina,
nunca antes fui beijada...
O senhor me assaltou,
não deu tempo pra mais nada...
eu não sei o que faço,
minha boca está molhada
como orvalho da flor...
Será que seu beijo, ó moço,
em mim pousou...
namorou?
Será que o gesto louco
teve um pouco de amor?


- Não sei se é fato ou fita,
não sei se é fita ou fato,
o fato é que você me fita,
me fita mesmo de fato... -
Respondeu o cangaceiro
em brincadeira e risada,
pulou sobre seu cavalo
e partiu em galopada.


A lua tremeu nos olhos
de Bertulina, em lágrimas...
A mocinha ficou louca
de gosto de amor partido
no alto do céu da boca!
Nem sabia que o amor
podia ser cangaceiro,
podia sonhar desejo
roubando o beijo primeiro!


Porque o primeiro beijo
é coisa muito esperada:
tem que ser algo manso,
remanso, lagoa d'água.
Tem que ter um certo tempo,
coragem não revelada,
um perfume de jasmin,
um não se esqueça de mim...


Quando numa noite quente
a lua ficou inchada
o cavaleiro voltou.
Bertulina espiava dentro de uma paixão.
O moço viu Bertulina
e roubou outro beijo,
foi aí que a mocinha
falou assim para o rapaz:


- Antes de querer meu beijo,
por favor, moço, me diga,
se o beijo é verdadeiro
ou se é ousadia de cangaceiro!


Eu me chamo Doralice
Bertulina do Sertão,
comigo só tem poesia
se rimar no coração.


Aprendi uma verdade
e verdade não se esquece:
tudo aquilo que se aceita...
pois é, agente merece!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Músicas

Para Carol e Gustavo

STRANI AMORE

(Renato Russo e Laura Paisini)

Colombina:

Mi dispiace devo andare via
Ma sapevo che era una bugia
Quanto tempo perso dietro a lui
Che promette e poi non cambia mai

Arlequim
Strani amori mettono nei guai
Ma, in realtà, siamo noi

Colombina:

E lo aspetti ad un telefono
Litigando che sia libero
Con il cuore nel lo stomaco
Un gomitolo nell'angolo

Arlequim e Colombina

(ora juntos, ora alternando entre um e outro)
Lì da solo,dentro un brivido
Ma perché lui non c'è

E sono strani amori che
Fanno crescere e sorridere
Fra le lacrime
Quante pagine lì da scrivere
Sogni e lividi da dividere


Sono amori che spesso a questa età
Si confondono dentro a quest'anima

Arlequim
Che si interroga senza decidere
Se è un amore che fa per noi

Colombina

E quante notti perse a piangere
Rileggendo quelle lettere
Che non riesci più a buttare via
Dal labirinto della nostalgia

Arlequim e Colombina:

(Ora juntos, ora alternados)

Grandi amori che finiscono
Ma perché restano nel cuore

Strani amori che vanno e vengono
Nei pensieri che lì nascondono
Storie vere che ci appartengono
Ma si lasciano come noi

Strani amori fragili
Prigionieri liberi
Strani amori mettono nei guai
Ma, in realtà, siamo noi

Strani amori fragili
Prigionieri liberi
Strani amori che non sanno vivere
E si perdono dentro noi

Mi dispiace devo andare via
Questa volta l'ho promesso a me
Perché ho voglia di un amore vero
Senza te

(procurar música no www.mp3skull.com)


Para Deyavilas e Maria Helena

Tudo Que Se Quer Emílio Santiago (com Verônica Sabino)

Deyavilas:
Olha nos meus olhos!
Esquece o que passou.
Aqui neste momento,
Silêncio e sentimento.
Sou o teu poeta;
Eu sou o teu cantor;
Teu rei e teu escravo;
Teu rio e tua estrada.

Maria Helena Moraes:
Vem comigo meu amado amigo
Nessa noite clara de verão!
Seja sempre o meu melhor presente.
Seja tudo sempre como é.
É tudo que se quer.

Deyavilas:
Leve como o vento,
Quente como o sol
Em paz na claridade,
Sem medo e sem saudade.

Maria Helena Moraes:
Livre como o sonho,
Alegre como a luz;
Desejo e fantasia
Em plena harmônia.

Deyavilas:
Eu sou teu homem,
Sou teu pai, teu filho,
Sou aquele que te tem amor.
Sou teu par, o teu melhor amigo.
Vou contigo, seja aonde for
E onde estiver estou.

(Ambos):
Vem comigo meu amado amigo;
Sou teu barco neste mar de amor.
Sou a vela que te leva longe.
Da tristeza, eu sei, eu vou!
Onde estiver estou
E onde estiver estou.


Para Railton e Adriano

Frollo:
Ah, meu caro Quasímodo, você não é conhecedor da vida lá fora... Eu sou... Eu sou...

O Mundo é cruel, perverso.
Eu sou seu único amigo na cidade.
Confie só em mim.
Eu que o alimento, ensino e visto.
Medo de você nunca senti.
Para protegê-lo eu insisto, fique sempre aqui.
Pra quê sair?

Lembre-se do que eu lhe ensinei, Quasímodo.

Seu aleijão.
(Quasímodo: Meu aleijão.)
É muito feio.
(Quasímodo: É muito feio)
O mundo não tem muita pena deste crime.
Você tem que entender.
(Quasímodo: O mestre me protege)
Vão tratá-lo como a um monstro.
(Quasímodo: Eu sou um monstro!)
Destas coisas é que o povo ri.
(Quasímodo: Sou só um monstro)
Não provoque reações desagradáveis.
Fique aqui. confie
(Quasímodo: Confio!)
E agradeça!
(Quasímodo: Sou grato!)
Eu vou mandar você ficar aqui!
(Quasímodo: Ficar aqui!)

QUASÍMODO:
O senhor é bom, Mestre. Perdão!

FROLLO:
Está perdoado. Mas lembre-se, Quasímodo, este é o seu santuário

QUASÍMODO:
Meu santuário...

Salvo entre os peitoris de pedra e o carrilhão
Aqui dentro a alegria some
Toda minha vida eu vivi na solidão
Não ter liberdade me consome
Preso aqui em cima vi pessoas
Eu conheço todas pelo nome
Toda minha vida eu imaginei descer
Ir até lá, passear lá...
Lá fora como alguém comum
Me dê um dia ao Sol basta apenas um
Pra ser lembrado
Se der numa ocasião qualquer
Se eu sair se eu puder quero ir a onde der

Lá fora vejo tecelões, moleiros e casais
Os seu rostos mostram o que sentem
Gritam, xingam levam suas vidas tão normais
Essa é a vida que me cai bem
Agora para mim a hora é de, enfim, ver
Se der Rio Sena é além
Cada manhã que houver
Quero ser alguém
Que vai a onde bem quer
O meu dia se vier
E ele vem
Um sequer
Digo amém se estiver tudo bem
Quando der
Vou também
Se Deus quiser.


Para Maraya, Elisabth, Mayra, Marina e Stefany

(tem que aprender a letra, crianças, então....mãos à obra)


New York, New York

Lisa Minelli

Start spreading the news
I'm leaving today
I want to be a part of it
New York, New York

These vagabond shoes
Are longing to stray
Right through the very heart of it
New York, New York

I wanna wake up in a city
That doesn't sleep
And find I'm king of the hill
Top of the heap

These little town blues
Are melting a way
I'll make a brand-new start of it
In old New York

If I can make it there
I'll make it anywhere
It's up to you
New York, New York

New York, New York
I want to wake up
In a city that never sleeps
And find I'm a number one, top of the list
King of the hill, a number one

These little town blues
Are melting a way
I'm gonna make a brand-new start of it
In old New York

And... if I can make it there
I'm gonna make it anywhere
It's up to you
New York, New York

terça-feira, 11 de outubro de 2011

MONTAGEM PARA O FINAL DO ANO

FIGURINOS. Os demais serão postados depois.

NOTRE-DAME DE PARIS
Quasímodo

Esmeralda

Pierre

Claude Frollo



O Fantasma da Opera

Roupa da garota (Maria Helena)Roupa do fantasma:



COMMEDIA DELL'ARTE
Pantaleão
Colombina
Pierrot


Arlequim

TEATRO GREGO
Ninfas

Hipólito
Artemis
ROMEU e JULIETA


CARMEN
Toureiro. Onde há azul será vermelho. Capa em cetim vermelho e preto. A espanhola. Contudo haverá uma troca de cores: Onde há vermelho será preto e onde há preto será vermelho: