quarta-feira, 26 de maio de 2010

Teatro nas Escolas:

CE THALES RIBEIRO GONÇALVES ADERE AO TEATRO

GRUPO TEATRAL EAVA FÊNIX & CE THALES RIBEIRO GONÇALVES – UMA PARCERIA DE SUCESSO.

A professora Erika A. V. de Almeida que ministra as aulas de Língua Portuguesa, Literatura e Redação para os terceiros médios A, B e C do CE Thales Ribeiro Gonçalves realizou no sábado dia 15/05/2010 o projeto “Leitura, Literatura e Artes Cênicas.
JUSTIFICATIVA DO PROJETO
TRECHO DA MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO DA PROF. ERIKA A. V. DE ALMEIDA:
Os nossos alunos não lêem e não gostam de ler. Devemos culpá-los por isso? Claro que não. Isso é um hábito que tem que ser cultivado.
Sandra Kezen (2004), afirma que para a leitura ter sucesso na escola, essa iniciativa deve partir do educador. Ela ainda cita que:

« Os professores devem investir na funcionalidade da leitura. Ainda mais quando o aluno provém de classes menos favorecidas economicamente e não tem acesso fácil ou nenhum a livros ou a textos escritos, nosso papel é oferecer a maior diversidade possível de textos : quadrinhos, revistas, jornais, anúncios, bilhetes, cartas, rótulos, bulas, cartazes, avisos, classificados contos, charges, etc. Com isso, estaremos facilitando o acesso desse aluno ao mundo da leitura. O hábito da leitura dispensa a sistematização do ensino de regras gramaticais e faz o aluno depreendê-las do contexto de maneira mais agradável. Penso que devemos também fazer um estudo da língua como um todo, e não fragmentar a língua em gramática, literatura e redação. E contudo, o envolvimento do professor é a base desse processo :com isso, certamente os resultados serão melhores (...). «

A professora Joseane Maia(2005, p. 3) em seu artigo denominado “Leitura:Teoria e Prática” feito para o Curso de Especialização em Língua Portuguesa (UEMA/CESC)– 2004/2005 tem opinião igual a de Kezen no que se refere ao sucesso da leitura na escola partir do educador :

(...) pode ter aquela certeza de que, uma vez sendo professor, é necessário urgente tomar uma decisão: preciso ser leitor, preciso ser leitor, preciso ser leitor... Mas isso é muito difícil, pensamos nós. Razões para não romper o status quo existem. A falta de tempo, para citar apenas uma, é incontestável.

Ela vai mais adiante :

Creio ser possível (...) para vencermos o desafio de formar leitores é necessário muito mais do que dizer para os nossos alunos:leiam gente, é preciso ler, leiam para passar no vestibular, leitura é importante. O ouro está conosco, professores, que diariamente interagimos com milhões de crianças e jovens por um tempo considerável o suficiente para deixarmos um legado da maior importância para o resto de suas vidas: o amor pelos livros.

Concordando com Kezen e com Maia, os professores são a base desse ensino revolucionário e depende dele um bom trabalho com leitura. Mas, antes, o professor deve ser leitor. O primeiro passo que o educador deve tomar é entender que as aulas de língua portuguesa devem ser mais abrangentes que o simples repasse de conteúdos gramaticais.
É a leitura que transforma o aluno, preenche-o de ideais, traz sentimentos, traz conhecimentos e, por que não, o léxico em si.
Mas será que a falta de uma prática voltada para o trabalho de leitura, substituíndo o repasse excessivo de regras gramáticais, é culpa somente do professor ? Até que ponto os alunos estão prontos para interagir a uma prática nova, onde a leitura é o carro-chefe dessa aprendizagem ?


O segundo levantamento que iremos fazer é : por que nossos alunos não gostam de ler ?
Reclama-se sempre que a criança e o jovem não lêem e não gostam de ler. Afirmações peremptórias como essas, gratuitas e, no mais das vezes, mal discutidas transformam-se em preconceito cristalizado que vai penetrando acriticamente em pessoas e grupos, acabando por se transformar em dogma. E uma vez o dogma absorvido, muito mais difícil se torna reverter situações indesejadas. (VALÉRIO, 2004, p. 3)
A criança, o jovem que estuda - e também o adulto - , todos gostam de ler e lêem razoavelmente. Mas, salvo exceções, não suportam ler na escola, já que os textos que lhes são propostos quase nunca despertam, mesmo sendo textos considerados clássicos, o necessário prazer que deve presidir toda a atividade do leitor. Lêem mais por exigência de uma avaliação, muitas vezes, draconiana; lêem para poderem responder às questões pouco interessantes e unidirecionais dos livros didáticos e cujas respostas são exigidas e avaliadas pelo professor. Quase nunca a leitura vem ligada à satisfação. Quase nunca a leitura corre em um espaço socializado e aberto. (OLIVEIRA, 2003).

Nossos alunos do ginásio, do colégio e até das universidades não sabem ler, não entendem o que lêem e têm um vocabulário muito estreito(...)
(PONGETTI, Jornal O
Estado de São Paulo)
Utilizam-se esses três pensamentos que estão expostos no site acima citado e no jornal O Estado de São Paulo, 22 de outubro de 1972, para iniciar essa inquietação que toma conta dos professores desde há muito tempo.

Apesar de vários esforços, nossos alunos sempre têm aquele “horror” a ler ou, como foi dito acima, “não suportam ler na escola”. O que dirá escrever em sala de aula ou em casa. O que estamos fazendo de errado? Como Pinho (2004) afirma, estamos deixando de percorrer o trilho Estimulo – Motivação. E nesse ato falho deixamos de fazer nossos alunos compreenderem as “funções da leitura” ou seja, o “por que ele deve ler”, que objetivos ele irá alcançar com a atividade de leitura que propomos.
Fora isso é necessário que o professor esteja, como nossos adolescentes mesmo dizem, “antenado” com o que eles gostam.Volta-se a endossar o que Maia(2005, p. 3) afirmou: “o professor precisar ser leitor para formar leitores”, mas levar para sala de aula leituras que são prazerosas somente para os professores é o primeiro erro cometido. O mundo desses adolescentes é pautado em conecções na Internet, nos games, nos filmes de ação.
Levar Machado de Assis para um aluno do ensino fundamental ou do médio é totalmente enfadonho. Necessário, mas enfadonho. Um escritor do século passado não é nem um pouco atraente para quem assiste “Matrix, Van Helsing, X-Men, Hulk, Velozes e Furiosos (...)” ou escuta o som da moda com “Link Park, Evanescence, Gun´s in roses, Bon Jovi, Hori, J Quest, Skank etc.”. Até os desenhos animados mudaram. Tom e Jerry, Pica-pau já não tem atração nem mesmo para as crianças. Coloque uma criança diante da TV com um controle na mão e poderá comprovar o que é afirmado aqui. Os desenhos escolhidos são: X-Men Evolution, Naruto, Blue Dragon,Dragon Ball-Z, Liga da Justiça e além desses, ainda temos o Playstation. Até mesmo os antigos programas com apresentadoras infantis não fazem mais sucesso. Sabemos que é preciso também inserir a cultura clássica dos grandes romances, da MPB, mas iniciar sua prática de ensino com o que nossos alunos julgam obsoleto é “bater num Firewall potente” .
Como a professora Erika A. V. de Almeida já trabalha com TEATRO e ministra a disciplina de ARTES CÊNICAS NO CEFA, ela resolveu levar aos alunos uma proposta diferente de leitura, trazendo, ao mundo dos estudantes, os grandes clássicos, e melhor, de uma forma que eles gostam: Através da DRAMATIZAÇÃO e da MÚSICA.

COMO FUNCIONOU O PROJETO?

O projeto consistia no seguinte:
1. Os Terceiros Médios A, B e C deveriam ler grandes clássicos literários, tanto da literatura brasileira e portuguesa que não foram lidos no ano passado. Amor de Perdição, Iracema, O Guarani, Senhora, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Quincas Borba, O Primo Basílio, O Cortiço, Casa de Pensão, Os Sertões, O triste fim de Policarpo Quaresma, Sítio do Pica-Pau Amarelo e Macunaíma;
2. Nesse projeto, cada grupo deveria ler a obra que fora escolhida para sua equipe, resumir , selecionar dois capítulos para dramatizar e escolher uma trilha sonora para os protagonistas;
3. “É a melhor forma de incentivar a leitura dos alunos.” – Diz Erika A. V. de Almeida, e completa – “Imagine hoje, com a internet, Playstation, Filmes, a era Crepúsculo e Harry Potter o aluno ter vontade de ler um romance que não se encaixa com sua realidade, o vocabulário é incompatível e muitos outros fatores. Para realizar esse projeto só trabalhando como dramatização. Eles gostam. Ainda teve um incentivo a mais: os melhores atores teriam vaga garantida no EAVA FÊNIX. Aí foi uma festa. Fora isso o professor Nerval valoriza esse tipo de trabalho que realizo desde o ano passado. O sucesso disso são vários alunos com nota máxima em português nos vestibulares. O maior exemplo é Danilson Almeida, cuja maior pontuação foi na minha matéria, tendo quase a pontuação máxima em redação. Ao chegar em Caxias Danilson fez questão de me procurar, agradecer e dizer que fui peça importante para a conquista dele. Fiquei “besta” e muito orgulhosa. É bom ter esse reconhecimento que só vem com o sucesso de nossos educandos.”
Foi uma festa! As trilhas sonoras variaram de músicas clássicas ao calipso. Os alunos adoram música e teatro.
Muitos fizeram adaptações das obras, o que é válido. Além de leitura, dramatização, eles trabalham a produção textual.

O DIRETOR E O APOIO AO PROJETO
O professor Nerval Bento, diretor do CE THALES RIBEIRO GONÇALVES desde o ano passado apóia os projetos da Professora Erika A. V. de Almeida (já dito anterioormente). Como um homem visionário, ele sabe que a educação mudou, os valores dos adolescentes também, então o estilo de ensinar também deve mudar. Deve-se aliar o tradicional com o inovador.
As aulas de gramática são necessárias, mas, como afirmado anteriormente, é a leitura que completa e amplia o conhecimento. Deve-se dosá-las em sala de aula.
O professor Nerval preza pela qualidade do ensino no CE Thales Ribeiro Gonçalves, tudo que pode acrescentar para a melhoria do aprendizado dos alunos ele apóia. Muitos o conhecem como um homem exigente. Exigente sim, mas não é um bicho como muitos pregam. Ele também apóia àqueles que ele vê que estão motivados a dar o melhor de si na tarefa de educar.” – Diz Erika A. V. de Almeida.
As fotos falam por si. Elas mostram a dedicação e a satisfação deles em reali
zar esse projeto.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Grupo Teatral EAVA Fênix no CE Thales Ribeiro Gonçalves


UMA PARCERIA DE SUCESSO


A professora Erika A. V. de Almeida, Diretora Geral do Grupo Teatral EAVA Fênix saiu em busca de novos talentos. Como é professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação do CE Thales Ribeiro Gonçalves, desenvolveu o projeto “Leitura, Literatura e Dramatização” na Escola que hoje é referência em Caxias.

O projeto consistia no seguinte:

  1. Os Terceiros Médios A, B e C deveriam ler grandes clássicos literários, tanto da literatura brasileira e portuguesa que não foram lidos no ano passado. Amor de Perdição, Iracema, O Guarani, Senhora, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Quincas Borba, O Primo Basílio, O Cortiço, Casa de Pensão, Os Sertões, Sítio do Pica-Pau Amarelo e Macunaíma;
  2. Nesse projeto, cada grupo deveria ler a obra que fora escolhida para sua equipe, resumir e selecionar 02 capítulos para interpretar;
  3. “É a melhor forma de incentivar a leitura dos alunos.” – Diz Erika A. V. de Almeida, e completa – “Imagine hoje, com a internet, Playstation, Filmes, a era Crepúsculo e Harry Potter o aluno ter vontade de ler um romance que não se encaixa com sua realidade, o vocabulário é incompatível e muitos outros fatores. Para realizar esse projeto só trabalhando como dramatização. Eles gostam. Ainda teve um incentivo a mais: os melhores atores teriam vaga garantida no EAVA FÊNIX. Aí foi uma festa. Fora isso o professor Nerval (Diretor do CE THALES RIBEIRO GONÇALVES) valoriza esse tipo de trabalho que realizo desde o ano passado. O sucesso disso são vários alunos com nota máxima em português nos vestibulares. O maior exemplo é Danilson Almeida, cuja maior pontuação foi na minha matéria, tendo quase a pontuação máxima em redação. Ao chegar em Caxias Danilson fez questão de me procurar, agradecer e dizer que fui peça importante para a conquista dele. Fiquei “besta” e muito orgulhosa. É bom ter esse reconhecimento que só vem com o sucesso de nossos educandos.”

Muitos fizeram adaptações das obras, o que é válido. Além de leitura, dramatização, eles trabalham a produção textual. Criatividade não faltou para esses alunos. O Diretor do CE THALES RIBEIRO GONÇALVES apoia esse tipo de trabalho porque sabe da identificação dos jovens com as artes cênicas. No ano passado três alunos do Thales participaram do EAVA Fênix : Miquéias Adebal, Cristyan Barbosa e Welden Carvalho. Hoje os três são universitários. Cristyan não abandonou o teatro pois conseguiu conciliar o estudo com os ensaios. Nesse ano estão cotados para fazerem parte do elenco principal do EAVA FÊNIX: Maxwel Araújo, Evandro, Antero e Ed Lawson. Maxwel faz testes para Juan Galhard (ver eavafenix.blogspot.com). Os demais ficarão na parceria Thales&EAVA Fênix. É aguardar e conferir.