O II Recital de Poesias do CE Thales Ribeiro Gonçalves, sob o Comando da Professora ERIKA AV DE ALMEIDA tem como tema:
PARTE 01: PAIXÃO CARIOCA
Cor: AZUL
LUCAS MARINHO e JÉSSICA RODRIGUES
Soneto de Fidelidade
(Vinicius de Moraes)
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
EDUARDO SOUSA e LARISSA NASCIMENTO
Soneto De Separação
(Vinicius de Moraes)
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente
PAULO MENDES e MARYANNA NUNES
Motivo
(Cecília Meireles)
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
DANIEL COÊLHO E AMANDA SANTOS
Eu Te Amo
de Chico Buarque, Tom Jobim
Ah, se já perdemos a noção
da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se, ao te conhecer, dei pra so
nhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo
seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armários embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sap
ato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica como que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra t
omares conta
Agora conta como hei de partir
GABRIELA LIMA, MANUELA LIMA e FRANCISCO TORRES
A Felicidade
de Tom Jobim
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é
como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do
carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta feira
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida
breve
Precisa que haja vento sem parar
A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite
Passando, passan
do
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Prá que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
WALLISSON ROCHA e THAÍS CHAVES (
Participação Luana)
(Coreografia “Mãe Negra África)
LÍGIA ALVES e JONATHANN FERREIRA
Samba do Amor
Quanto me andei
Talvez pra encontrar
Pedaços
de mim pelo mundo
Que dura ilusão
Só me desencontrei
Sem me achar
Aí eu voltei
Voltar quase sempre é
partir
Para um outro lugar
O meu olhar se turvou
E a vida foi cresce
ndo
E se tornando maior
Todo o seu desencanto
Ah, todos os meus gestos de
amor
Foram tragados no mar
Ou talvez se perderam
Num tempo qualquer
Mas há sempre um amanhecer
E o novo dia chegou
E eu vim me buscar
Quem sabe em você
GUILHERME SOUSA e ANA CAR
OLINA AMARO
Samba e Amor
(Chico Buarque)
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manh
ã
Escuto a correria da cidade que arde
E apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente 'inda se ama
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna, a nossa cama reclama
Do nosso eterno espreguiçar
No c
olo da bem vinda companheira
No corpo do bendi
to violão
Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação
Eu faço samba e amor at
é mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade. Que alarde!
Será que é tão difícil amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã.
AUGUSTO LACERDA e AMANDA RÊGO
Coreografia Garota de Ipanema/Meu Ébano
As outras partes, bem como as outras poesias, serão colocadas no decorrer da semana. Imprimam e tragam para que eu possa demarca a parte de cada um.
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