sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

FALANDO DE AMOR


O II Recital de Poesias do CE Thales Ribeiro Gonçalves, sob o Comando da Professora ERIKA AV DE ALMEIDA tem como tema:


O AMOR DE UMA PONTA A OUTRA DO BRASIL


Abertura do Recital: Grupo Teatral EAVA Fênix

PARTE 01: PAIXÃO CARIOCA
Cor: AZUL

LUCAS MARINHO e JÉSSICA RODRIGUES

Soneto de Fidelidade

(Vinicius de Moraes)


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais me
u pensamento.

Quero
vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derram
ar meu pranto
Ao seu pesar ou
seu contentamento

E assim, q
uando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito
enquanto dure.

EDUARDO SOUSA e LARISSA NASCIMENTO

Soneto De Separação

(Vinicius de Moraes)

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como
a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o
pressentimento
E do momento imóv
el fez-se o drama

De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que
se fez amante
E de sozinho o que se fez
contente

Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente

PAULO MENDES e MARYANNA NUNES

Motivo

(Cecília Meireles)

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está
completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.


Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias

no vento.


Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. N
ão sei se fico
ou passo.


Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue ete
rno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

DANIEL COÊLHO E AMANDA SANTOS

Eu Te Amo

de Chico Buarque, Tom Jobim

Ah, se já perdemos a noção

da hora
Se juntos já jogamos t
udo fora
Me conta agora como hei de partir

Se, ao te conhecer, dei pra so

nhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo

seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armários embutido
Meu paletó enlaça o teu
vestido
E o meu sap

ato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica como
que cara eu vou sair

Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos
pra t

omares conta
Agora conta como hei de partir

GABRIELA LIMA, MANUELA LIMA e FRANCISCO TORRES

A Felicidade

de Tom Jobim

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é

como a gota
De orvalho num
a pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do

carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho

Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta
feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão
leve
Mas tem a vida

breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada

É como esta noite
Passando, passan

do
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Prá que ela acorde al
egre como o dia
Oferecendo beijos de amor

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

WALLISSON ROCHA e THAÍS CHAVES (

Participação Luana)

(Coreografia “Mãe Negra África)

LÍGIA ALVES e JONATHANN FERREIRA

Samba do Amor

(Paulinho da Viola)

Quanto me andei
Talvez pra enco
ntrar
Pedaços

de mim pelo mundo
Que dura ilusão
Só me desencontrei
Sem me achar
Aí eu voltei
Voltar quase se
mpre é

partir
Para um outro lugar

O meu olhar se turvou
E a vida foi cresce

ndo
E se tornando maior
Todo o seu desen
canto
Ah, todos os meus gestos de

amor
Foram tragados no mar
Ou talvez se p
erderam
Num tempo qualquer
Mas há sempre um amanhecer
E o novo dia chegou
E eu vim me buscar

Quem sabe em você

GUILHERME SOUSA e ANA CAR

OLINA AMARO

Samba e Amor

(Chico Buarque)

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito s
ono de manh

ã
Escuto a correria da cidade que arde
E apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente 'inda se ama
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna, a nos
sa cama reclama
Do nosso eterno espreguiçar
No c

olo da bem vinda companheira
No corpo do bendi

to violão

Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação

Eu faço samba e amor at

é mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade. Que alarde!
Será que é tão difícil
amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
De
baixo do meu cobertor de lã

Eu faço samba e amor até mais tarde

E tenho muito sono de manhã.

AUGUSTO LACERDA e AMANDA RÊGO

Coreografia Garota de Ipanema/Meu Ébano

As outras partes, bem como as outras poesias, serão colocadas no decorrer da semana. Imprimam e tragam para que eu possa demarca a parte de cada um.



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