segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O AMOR PELOS QUATRO CANTOS DO MUNDO

Idealização, Produção e Oganização:

ERIKA AV DE ALMEIDA


PARTE 2: AMAZÔNIA e o ÍNDIO

Abertura: Coreografia Amazonas – Josane Araújo, Andressa Rocha, Rayza Damasceno, Karina Costa, Letícia Rios participção Brunna Arraes

JOSANE ARAÚJO e KARINA COSTA

Poema Amor Indígena

(Glauber Vilvert da Silva)

Josane Araújo

Na noite escura
De preto céu
De estrelas foscas
De cinzento véu

Karina Costa
Sinto a areia
Tão molhada
Tão úmida

Josane Araújo
Tudo calmo
Ninguém ali, ninguém lá
Lua nua

Karina Costa
Vejo uma sombra
Que foge
Asas pesadas
Voam
Seus batimentos
Ressoam
Tão triste noite vazia

Josane Aeaíjo
Pergunto a lua:
Por que tão preto céu?
Por que a noite nua?
Por que a areia molhada, úmida?

Karina Costa
A esperança fugiu
Meu amor voou
Minha vida passou
E eu não parei de pensar

Josane Araújo e Karina Costa
Óh, índia
Que foge dos meus olhos
Que não consegui te achar
Vem pra mim
Se torne meu sonho sem fim.

RAYZA DAMASCENO, ANDRESSA ROCHA, BRUNA ARRAES, LETÍCIA RIOS

O lamento indígena.

(Robert Coelho)

Rayza Damasceno

Havia felicidade, havia alegria
Todo dia era dia
Caça, pesca e colheita
Havia música tambores e dança.

Éramos livres na terra de ninguém
Éramos felizes pois a terra era de ninguém.

Andressa Rocha

Mas aí sem ninguém perceber
A liberdade se foi
A vida se acabou
A terra sem dono com dono ficou

Brunna Arraes

E em terra de dono branco a infelicidade indígena se instalou
Nos perseguiu, nos feriu, nos refletiu um mundo doente
Um mundo carente, um mundo pobre injusto e imundo.

Letícia Rios

Na terra de ninguém a natureza era vívida
Na terra de alguém homem branco a tudo poluiu
A tudo destruiu
A tudo poluiu
A tudo desconstruiu.

Rayza,Bruna, Letícia e Andressa Rocha

Insatisfeito com a falta de propriedade capitalizou
Num mundo cheio de liberdade escravizou
E onde morava a paz guerreou e matou e matou.

PARTE 3 – Minas Gerais, Uai!

Cor: Rosa

Abertura – Mineirinho – Paulo Mendes, Wallisson Rocha e Augusto Lacerda

AMANDA MOTA e JEFFERSON MARQUES

As sem-razões do amor

(Carlos Drummond de Andrade)

Amanda Mota

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabê-lo.
Eu te amo porque te amo.

Jefferson Marques
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.

Amanda Mota
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Jefferson Marques
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.

Amanda Mota
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.

Jefferson Marques
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amanda Mota: Amor é primo da morte,
Jefferson Marques:
e da morte vencedor,
Amanda Mota:
por mais que o matem

Amanda e Jefferson: (e matam)
Jefferson Marques
: a cada instante de amor

JACKEILSON, IANA SILVA e ISA AMORIM

Quadrilha

(Carlos Drummond de Andrade)

Jackeilson: João amava Teresa que amava Raimundo
Iana:
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
Isa:
que não amava ninguém.
Jackeison
: João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Iana:
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Isa:
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
Os três:
que não tinha entrado na história.


Toada do amor

(Carlos Drummond de Andrade)

Isa Amorim

E o amor sempre nessa toada:
briga perdoa perdoa briga.

Iana Silva

Não se deve xingar a vida,
a gente vive, depois esquece.

Isa Amorim
Só o amor volta para brigar,
para perdoar,
amor cachorro bandido trem.

Iana Silva

Mas, se não fosse ele, também
que graça que a vida tinha?

Isa e Iana

Mariquita, dá cá o pito,
no teu pito está o infinito.

O chão é cama

(Carlos Drummond de Andrade)

Jackeilson

O chão é cama para o amor urgente,

Amor que não espera ir para a cama.

Sobre tapete ou duro piso, a gente

Compõe de corpo e corpo a úmida trama.

E para repousar do amor, vamos à cama.

Nenhum comentário:

Postar um comentário