TERAPIAS CORPORAIS 3
Vamos Começar!
A geoterapia é definida como o uso da terra para fins terapêutico tratando e prevenindo doenças, utilizando a argila e o barro. Possui ação antisséptica, bactericida, anti-inflamatória, analgésica, equilibradora energética, térmica, cicatrizante e desintoxicante.
Historicamente, esse recurso é utilizado há séculos, para fins medicinais, estéticos e terapêuticos, tendo referência em várias culturas, a rainha egípcia Cleópatra usava máscara de argila para tratamento facial, buscando a limpeza e conservação da pele, nessa época era denominada de “barro milagroso”.
Na Idade Média, a população fazia cataplasmas de argilas, tanto na medicina popular, quanto no uso da veterinária (MARQUES et al., 2020). Aristóteles filósofo grego, se referiu à argila como uma forma de conservar a pele e fazer tratamento de doenças, melhorando a saúde (ALFIERI et al.,2020).
Em 2018 a Geoterapia foi incorporada as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) no SUS e hoje é frequentemente integrada e abrangem uma ampla gama de abordagens terapêuticas que visam à promoção da saúde e ao tratamento de doenças, complementando os métodos convencionais da medicina. Nas práticas integrativas, a argila é utilizada para promover o equilíbrio físico e energético do corpo.
A argiloterapia é uma prática complementar que utiliza a argila como o material principal de seus produtos. Argilas são compostos naturais ricos em oligoelementos (silício, alumínio, ferro, cálcio, potássio, sódio, magnésio, titânio) que têm o poder de absorver toxinas e liberar minerais, gerando efeitos ionizante, estimulante e detoxificante.
Esses minerais são provenientes da decomposição de rochas e, quando estão em contato com a pele, geram a troca de eletrólitos que são extraídas da natureza e sua cor determina sua composição e aplicação.
É um complexo de minerais denominados oligoelementos, e são esses oligoelementos presentes é que determinam a função da argila.
Siga em Frente...
Vejamos alguns exemplos de oligoelementos e ação.
Tabela 1 | Oliegoelementos e sua ação. Fonte: elaborada pela autora.
Vamos Exercitar?
Agora que estamos emergidos neste universo, vamos construir um mapa mental destacando os aspectos relevantes da argiloterapia.
Tabela 2 | Aplicação da argila de acordo com as práticas integrativas. Fonte: elaborada pela autora.
Tabela 3 | Propriedades da Argila. Fonte: elaborada pela autora.
Saiba mais
Reforce tudo o que aprendemos em nossa aula fazendo a consulta do seguinte material:
Sugestão de capítulo de livro
BARROCO, C.; TOMBI, E. Terapias Alternativas em Estética. Porto ALEGRE: SAGAH, 2018
Sugestão de artigo científico
Neste artigo você encontrará informações sobre a influência da argila na saúde
Vamos Começar!
A apiterapia é um recurso terapêutico da medicina alternativa que utiliza substâncias derivadas das abelhas especificamente do gênero Apis, popularmente conhecida como abelhas africanizadas ou mesmo abelhas do mel. O mel, o pólen, a própolis, a geleia real, e o veneno de abelha, são usados, para tratar e prevenir diversas condições de saúde.
É uma das mais antigas formas da medicina natural, a apiterapia é utilizada há milênios e vem marcando sua história na humanidade, sendo muito mais antiga do que qualquer composto medicamentoso industrial.
Hipócrates (570 a.C. - 460 a.C.) foi considerado o pai da medicina e criador da alimentoterapia. Ele estudava e mostrava os muitos benefícios trazidos pela natureza para o bem-estar e saúde do ser humano, ele já pesquisava e fazia uso do veneno das abelhas (apitoxina), ao qual deu a nomenclatura de arcanum, como recurso para a cura de doenças. Considera-se que a apiterapia causa no paciente primeiro uma harmonização, e depois ele atua na doença,
Essa prática, que faz parte das chamadas práticas integrativas e complementares (PICs), baseia-se no uso terapêutico de substâncias produzidas pelas abelhas, explorando suas propriedades curativas reconhecidas há séculos em diferentes culturas ao redor do mundo, possuem propriedades promotoras de saúde devido ao seu alto teor de antioxidantes naturais, como os flavonoides, fenóis, e que passou a ser oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde março de 2018.
Os produtos da apicultura são valorizados por suas amplas propriedades medicinais, que incluem ação anti-inflamatória, antibacteriana, antiviral, antifúngica, antioxidante e imunomoduladora.
Siga em Frente...
A apiterapia pode ser aplicada de várias formas, dependendo do produto utilizado e da condição a ser tratada. Por exemplo, o mel é amplamente conhecido por suas propriedades cicatrizantes e é usado no tratamento de feridas e queimaduras.
A própolis, por sua vez, é utilizada por suas fortes propriedades antibacterianas e antioxidantes, sendo empregada no fortalecimento do sistema imunológico e na prevenção de doenças respiratórias. A geleia real, rica em nutrientes essenciais, é utilizada na apiterapia para melhorar a energia e a vitalidade, bem como para apoiar a saúde hormonal.
O veneno de abelha é talvez um dos componentes mais singulares utilizados na apiterapia, aplicado através de picadas controladas ou injeções para tratar condições como artrite, esclerose múltipla, e outras doenças inflamatórias. Acredita-se que as substâncias presentes no veneno, como a melitina, tenham potentes efeitos anti-inflamatórios e de alívio da dor.
A apiterapia é integrada às PICs como uma abordagem holística que busca não apenas tratar sintomas específicos, mas também promover a saúde geral e o bem-estar do indivíduo. Ela é praticada tanto de forma isolada quanto em conjunto com outras terapias convencionais e alternativas, oferecendo uma opção complementar para aqueles que buscam métodos naturais de tratamento.
Vamos Exercitar?
Imagine a situação de Luciana, que é uma estudante das práticas integrativas que trabalha em uma clínica multiprofissional, e tem como objetivo expandir seus conhecimentos aos demais profissionais da clínica cujos tratamentos são sempre voltados à medicina tradicional. De que forma ela deve trabalhar a fim de apresentar essa prática aos demais colegas?
Ela enfrenta vários desafios para integrar a apiterapia em sua prática clínica dos profissionais.
Em um primeiro momento, ela deverá fazer uma capacitação aos profissionais sobre a apiterapia, incluindo as propriedades específicas dos produtos usados, os protocolos de aplicação, os potenciais efeitos colaterais e as contraindicações.
Também, desenvolver estratégias a fim de educar seus pacientes sobre os benefícios e riscos da apiterapia, considerando a possível hesitação ou ceticismo em relação ao uso de veneno de abelha como tratamento.
Posteriormente, deverá desenvolver um plano de tratamento integrado que combine a apiterapia com as terapias convencionais já utilizadas na clínica, garantindo uma abordagem holística e personalizada ao cuidado dos pacientes.
Saiba mais
Para aprofundar nossos conhecimentos, leia as sugestões a seguir:
Sugestão de artigo científico
Neste artigo, você encontrará informações sobre a Apiterapia para fins terapêuticos disponível.
SILVA, C. D.; PEIXOTO, J. F. M. Apiterapia: fins terapêuticos através da apitoxina e outros produtos da abelha apis melliferas.
Neste vídeo você encontrará informações a respeito da Apiterapia em um contexto geral.
Vamos Começar!
A palavra ozônio vem do grego “ozein” que significa odorante. O ozônio (também conhecido como oxigênio triatômico e trioxigênio) é uma forma alotrópica de oxigênio que ocorre naturalmente na atmosfera da Terra.
Ele circunda a Terra a uma altitude que varia entre 15.000 e 30.000 metros. Ele é criado na natureza, na estratosfera, quando os raios ultravioletas que tem origem no sol fazem interação com a molécula de oxigênio (O2), realizando sua quebra em dois átomos de oxigênio (O). Com a liberação deste átomo de oxigênio, ele se liga a uma molécula de oxigênio (O2), originando desta forma o ozônio (O3).
O ozônio é um gás instável que rapidamente desiste da molécula de oxigênio nascente para formar o gás oxigênio. Devido à propriedade de liberar oxigênio nascente, tem sido usado na medicina humana há muito tempo para eliminar bactérias, fungos, inativar vírus e controlar hemorragias.
O ozônio de grau médico é feito de oxigênio médico puro, produzido comercialmente em geradores de ozônio, o que envolve o envio de uma descarga elétrica através de um condensador especialmente construído contendo oxigênio.
Siga em Frente...
A ozonioterapia é uma forma de medicina alternativa que utiliza uma mistura de oxigênio e ozônio (O3) para tratar diversas condições de saúde. O ozônio, um gás naturalmente encontrados na atmosfera, é utilizado em concentrações variáveis, dependendo do tipo e da gravidade da condição a ser tratada.
O princípio básico da ozonioterapia baseia-se nas propriedades bioquímicas do ozônio, que, ao ser introduzido no corpo, é capaz de estimular a oxigenação dos tecidos, melhorar a circulação sanguínea, ativar o sistema imunológico, e promover ação antioxidante.
Atualmente, tem sido empregada no tratamento de diversas doenças, na área da estética e também na veterinária.
Vamos Exercitar?
Agora que você conhece o conceito da ozonioterapia, vamos auxiliar Ana Letícia a desenvolver o seminário a respeito do histórico e da aplicabilidade da técnica?
Saiba mais
Nesse artigo, você encontrará informações sobre: Ozonioterapia enquanto prática integrativa e complementar.
Nesse artigo, você encontra informações a respeito da aplicação da ozonioterapia em cães.
O ozônio é um gás com potente capacidade oxidativa, o que lhe confere propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas e antioxidantes. Quando aplicado o ozônio estimula o sistema imunológico, melhora a oxigenação e a circulação sanguínea, além de promover a regeneração e reparo tecidual. Esses efeitos são atribuídos à capacidade do ozônio de ativar vias bioquímicas que mediam respostas fisiológicas, incluindo a liberação de fatores de crescimento e a modulação da resposta inflamatória.
Para obter o gás de ozônio é necessário um equipamento, denominado por gerador de ozônio medicinal, que tenha registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para garantir a segurança e que não ofereça nenhum risco para o usuário.
A aplicabilidade da ozonoterapia perpassa as diversas áreas da saúde com resultados importantes e significativos, abrangendo desde o tratamento de feridas crônicas e infecções, até condições mais complexas como doenças autoimunes, distúrbios circulatórios, e dor crônica.
Evidências apontam que o ozônio desempenha um papel na gestão e prevenção de várias doenças de pele na cicatrização de feridas e na recuperação de feridas como as úlceras de pressão uma vez que regula o sistema imunológico, é bactericida, acelera o processo de cicatrização além de estimular o stress oxidativo atuando como desinfetante causando danos na parede celular das bactérias.
Na ortopedia, por exemplo, a ozonioterapia tem sido utilizada no tratamento de hérnias de disco e osteoartrite, proporcionando alívio da dor e melhoria na mobilidade para muitos pacientes.
A ozonioterapia tem efeito sobre a cascata inflamatória, alterando a decomposição do ácido araquidônico em prostaglandinas inflamatórias, reduzindo os componentes inflamatórios diminuindo a dor nos casos de artrite reumatoide. No tratamento dos diversos distúrbios musculoesqueléticos e articulares a ozonioterapia reduziu os níveis de dor em condições agudas e crônicas.
Na dermatologia, aplicações tópicas de ozônio são empregadas na cicatrização de feridas e tratamento de infecções cutâneas.
Na odontologia, por exemplo, os estudos apontam na intervenção com água ozonizada tópica e mistura gasosa oxigênio-ozônio tópica aplicada no tratamento de cárie, dor, cicatrização e inflamação.
Como apresentado, a ozonioterapia é uma técnica da medicina alternativa com resultados eficazes nas diversas doenças.
Vamos Exercitar?
Vamos auxiliar Ana Clara a conhecer as indicações e contraindicações da técnica, assim como a legislação referente a ozonioterapia.
Saiba mais
Sugiro a leitura da PORTARIA N° 702, DE 21 DE MARÇO DE 2018, que aborda as novas atribuições das práticas integrativas e complementares.
Sugiro a leitura deste artigo com informações a respeito do Uso das práticas integrativas e complementares pela enfermagem em pessoas com câncer: revisão integrativa.
Sugiro a leitura do capítulo 24 do seguinte livro:
SADOK, B; SADOK, V; RUIZ. Compêndio de Psiquiatria. Porto Alegre: Artmed,2017.
Referências
BARROCO, C; TOMBI, C. Terapias Alternativas em Estética. Porto Alegre: Sagah, 2018.
DOI, M. Spas e Terapias Alternativas. Pearson. Londrina, 2013.
LIMA, P. T. R. Bases da medicina integrativa. 3. ed. Santana da Parnaíba: Manole, 2023. Biblioteca Virtual.
LOPEZ, Daniela. Ozonioterapia em procedimentos estéticos. Ciência Latina Revista Científica Multidisciplinar, v. 5, n. 5, p. 9897-9904, 2021
MARIANI, M; GHELMAN, R. Técnicas de Massagem Profunda. Santana de Parnaíba: MANOLE, 2021. (Minha Biblioteca).
MACHADO, M. et al. Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. Porto Alegre, Sagah,2021.
ROHDE, C. B. S.; MARIANI, M. M. C.; GHELMAN, R. Medicina integrativa na prática clínica. Santana da Parnaíba: Manole, 2021.
SEIDLER, V. et al. Ozone and its usage in general medicine and dentistry. A review article. Prague Med Rep, v. 109, n. 1, p. 5-13, 2008.
SIMÃO, D. et al. Massoterapia Estética e Relaxante. Porto Alegre: SAGAH, 2019.
VALLE, P. Terapias Alternativas e Qualidade de Vida Editora e Distribuidora Educacional S.A., Londrina, 2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário